Prisão perpétua para assassino de jornalista filipino

O ex-polícia Guillermo Wapile foi condenado a 29 de Novembro pelo Tribunal Regional de Cebu, nas Filipinas, a prisão perpétua pelo assassinato do jornalista Edgar Damalerio a 13 de Maio de 2002.

A causa foi ganha graças ao depoimento de Edgar Ongue, que presenciou o assassinato de Edgar Damalerio e foi a única testemunha que sobreviveu até ao julgamento – Edgar Amoro foi assassinado em Fevereiro de 2005 e Jury Ladica, outra potencial testemunha, foi morto em Agosto de 2002. Os advogados de Guillermo Wapile já garantiram que vão recorrer da sentença.

Segundo o Comité para a Protecção dos Jornalistas (CPJ), esta foi a primeira condenação num caso de um jornalista assassinado desde o início da onda de ataques contra a classe iniciada em 2000, a qual já provocou 22 mortos entre os profissionais da comunicação filipinos.

INSI dá curso de segurança a repórteres filipinos

A grave situação que os jornalistas vivem nas Filipinas levou o Instituto Internacional para a Segurança da Imprensa (INSI) a ministrar um curso de segurança a 25 repórteres e trabalhadores dos média em Davao City, na ilha de Mindanao, entre 21 e 22 de Novembro.

Os participantes seleccionados – dos quais 11 eram mulheres – vieram de várias províncias afectadas pela violência, como Luzon, Visayas, Basilan, Sulu e as ilhas Tawi-Tawi, havendo ainda cinco repórteres de conflitos oriundos de órgãos de comunicação da capital Manila.

Entre outras coisas, os jornalistas aprenderam a evitar ser alvos, a gerir conflitos, a lidar com multidões hostis, a reagir a tiroteios, barreiras na estrada e raptos e a identificar armas e tácticas terroristas.

Foi ainda dada ênfase ao stress pós-traumático, pois muitos participantes confessaram que lhes era extremamente difícil lidar com os acontecimentos violentos que tinham de cobrir diariamente.

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