Portugal na cauda da UE no acesso às novas tecnologias

Na Cimeira Mundial sobre a Sociedade da Informação, o ministro José Luís Arnaut destacou os muitos projectos nacionais na área das novas tecnologias, mas, neste campo, Portugal é o último dos Quinze, como mostra a listagem de Novembro da União Internacional das Telecomunicações.

O ministro-adjunto de Durão Barroso, que falou dia 11 na Cimeira, afirmou que o Governo tem vindo a promover medidas de incremento no acesso às novas tecnologias, citando os planos de acção para a Sociedade de Informação e para o Governo Electrónico, a Iniciativa Nacional para a Banda Larga e os programas nacionais para a Participação dos Cidadãos com Necessidades Especiais na Sociedade de Informação e para o e-Procurement.

José Luís Arnaut referiu ainda a criação dos Campus Virtuais, do Portal do Cidadão e dos sete projectos-piloto do Programa Nacional de e-Procurement.

Todavia, e em contradição com a convicção portuguesa, a União Internacional das Telecomunicações (ITU), entidade que organiza a Cimeira Mundial, publicou em Novembro o primeiro Índice de Acesso Digital que ordena, por países, o grau de acesso às Tecnologias de Informação e Comunicação (TIC).

Numa tabela em que, à excepção do Canadá, os primeiros dez países são oriundos da Europa e da Ásia e os últimos dez são africanos, Portugal encontra-se na 33ª posição, sendo o último dos Quinze e surgindo atrás de países do alargamento como a Eslovénia, Chipre, Estónia, Malta e República Checa.

De acordo com a União Internacional das Telecomunicações, o Índice de Acesso Digital – que tem em conta a disponibilidade de infraestruturas, o custo do acesso, o nível educacional, a qualidade dos serviços de TIC e a utilização da Internet – pretende ser uma referência vital para os governos, agências de desenvolvimento internacional, ONG e sector privado.

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