A polícia de Noida, na Índia, impediu trabalhadores ligados à recém formada Confederação de Organizações de Jornais e Agências Noticiosas de marcharem pacificamente a 1 de Maio, em protesto contra o “Hindustan Times”, que em Outubro de 2004 despediu de uma assentada 362 trabalhadores do quadro.

A manifestação fora autorizada previamente pelas autoridades, mas ainda assim a polícia impediu os trabalhadores de levar a cabo a manifestação, tendo ferido três deles que tentaram prosseguir apesar do bloqueio policial.

“Agredir trabalhadores de jornais que se manifestam pacificamente pelos seus direitos é um ataque grave aos direitos de associação e de liberdade de expressão”, afirmou o presidente da Federação Internacional de Jornalistas (FIJ), Christopher Warren.

Recorde-se que os despedimentos no “Hindustan Times” foram possíveis devido a uma manobra económica da administração, que usou uma sua subsidiária destinada a encorajar o investimento estrangeiro para despedir o pessoal e contratar uma nova força de trabalho, aproveitando falhas nas novas leis de investimento estrangeiro na Índia.