Planos para o futuro

Criar hábitos de leitura no público português, designadamente com a criação da cadeira «Educação para os Média», a leccionar por jornalistas, é um dos propósitos da ANJJ, assim como a iniciativa «Pensar Portugal» e o apoio à criação de uma associação simi

O próximo passo é em direcção a uma luta antiga: criar hábitos de leitura no público português, dando-lhe instrumentos que lhe permita descodificar e consultar a informação. «O problema é de base. As pessoas não sabem ler jornais nem filtrar informações.» A verdade é que, mais uma vez, encontramos a nação na cauda da Europa. Dos dezasseis países da comunidade somos os que menos jornais consome. Os números não enganam: em cada mil portugueses, apenas 61 compram o jornal. Um valor muito aquém do oásis norueguês (600 leitores em cada mil) e abaixo da realidade de «nuestros hermanos» (109 em cada mil). Até os gregos lêem mais: 83 em cada mil adquirem um jornal ou revista por dia. «A solução passa por criar cadeiras de Educação Para os Media, logo no ensino secundário.« Segundo o presidente da ANJJ, esta seria uma boa forma de dar trabalho aos jornalistas desempregados. «São as pessoas certas para leccionar a disciplina». A proposta já foi entregue à Secretaria de Estado da Comunicação Social, assim como as preocupações da associação em relação à quantidade e qualidade dos cursos de Comunicação Social do país. «Há cursos a mais e currículos que deveriam ter sido revistos há uma década.»

Quanto a debates e fóruns, «Pensar Portugal» é para continuar. Esteve para ser realizado no âmbito do Porto 2001. Só não foi para a frente por causa da desorganização da Capital Europeia da Cultura». No próximo ano, não falham. Aconteceu o mesmo com o III Congresso Nacional de Comunicação e Jornalismo. Outros projectos em andamento: colaboração com a Associação Moçambicana de Jovens Jornalistas, que a ANJJ ajudou a fundar em Julho de 2001, e apelos à criação de organizações análogas em Timor Lorosae. «Estamos cheios de trabalho».

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