Incentivar os jornalistas a relatarem histórias de crianças vítimas de guerra, fome, pobreza e exploração sexual ou laboral, sem drama indevido ou piedade negativa que as diminua socialmente, é uma das orientações do workshop promovido pela Federação Internacional de Jornalistas (FIJ) na África do Sul.
Dedicada à promoção dos direitos das crianças nos média, esta iniciativa decorreu entre 12 e 14 de Setembro na Cidade do Cabo, e foi organizada pela FIJ e pela Associação de Jornalistas da África do Sul (SAJA), no âmbito do programa “Media for Democracy”, financiado pela Comissão Europeia.
Com participantes oriundos de Zimbabué, Zâmbia, Suazilândia, Quénia, Namíbia, Moçambique, Lesoto, Botsuana e África do Sul, o workshop debateu a responsabilidade social dos jornalistas e a atenção específica que requerem as questões que afectam crianças.
Uma das necessidades urgentes apontadas nesta iniciativa foi a de acabar com a criação, por parte de alguns órgãos de comunicação social, de estereótipos para as crianças, como anjos, inocentes, delinquentes ou adolescentes arruaceiros.
Para que tal aconteça, recomenda-se que os profissionais se familiarizem com as convenções sobre direitos da criança e comecem a respeitar, a compreender e a ouvir a perspectiva das crianças sobre assuntos que lhes digam directamente respeito.