Operador de câmara morto enquanto cobria manifestação

Ando Ratovonirina, operador de câmara na Radio et Télévision Analamanga (RTA), foi morto a tiro enquanto cobria uma manifestação contra o governo de Madagáscar às portas do palácio presidencial, em Antananarivo, a 7 de Fevereiro.

O repórter, de 25 anos, tinha acabado recentemente o seu curso de jornalismo e trabalhava para a RTA há apenas três meses. O disparo que o vitimou partiu das forças de segurança do palácio, cuja decisão de abrir fogo directamente sobre os manifestantes que exigiam a queda do governo do presidente Marc Ravalomanana provocou pelo menos 25 mortos e 167 feridos, de acordo com a Associated Press.

A manifestação foi convocada pelo presidente de câmara da capital, Andry Rajoelina, que também é dirigente de um partido da oposição e dono de uma estação televisiva encerrada pelas autoridades de Madagáscar. No seu confronto político com o presidente de Madagáscar, Andry Rajoelina já chegou a declarar-se ele próprio presidente e criou um governo paralelo.

Como forma de protesto pelos disparos da guarda presidencial, o ministro da Defesa demitiu-se e organizações como a Repórteres Sem Fronteiras (RSF), o Comité para a Protecção dos Jornalistas (CPJ) e as Nações Unidas já instaram as autoridades de Madagáscar a levar perante a justiça os responsáveis pela morte de Ando Ratovonirina.

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