Operador de câmara detido no Iraque sem acusação

O Comité de Protecção de Jornalistas (CPJ) exige que os EUA libertem ou formalizem uma acusação contra Ali al Mashhadani, operador de câmara ao serviço da Reuters, detido pelas forças norte-americanas em Bagdade, desde 26 de Julho.

Mashhadani, que também trabalha como freelance para a BBC e a National Public Radio de Washington, foi detido quando se deslocou à Zona Verde – local onde está instalado o governo iraquiano e o comando das forças ocupantes – para solicitar as suas credenciais de imprensa.

“É a terceira vez que as forças americanas prendem Ali al Mashhadani e o mantêm detido sem qualquer acusação”, disse Robert Mahoney, vice-director do CPJ, sublinhando que nunca lhe foi imputado qualquer delito.

Também a Reuters e a BBC exigem a libertação imediata do operador de câmara ou a apresentação de provas que justifiquem sua detenção.

Segundo um porta-voz militar dos EUA, Mashhadani está detido no campo Cropper, uma prisão perto do aeroporto de Bagdade, porque “foi considerado como uma ameaça à segurança do Iraque e das forças da coligação”.

Mashhadani foi detido pela primeira vez em Agosto de 2005, sendo libertado em Janeiro de 2006, sem que lhe tenha sido feito nenhuma acusação. Voltou a ser preso em meados de 2006, durante duas semanas, sempre sem culpa formada.

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