Obrigatoriedade do diploma revogada no Brasil

O Supremo Tribunal Federal do Brasil deu provimento a um recurso interposto pelo Sindicato das Empresas de Rádio e Televisão de São Paulo e acabou com a obrigatoriedade de exigência de diploma para o exercício do jornalismo, uma decisão que não agradou à Federação Nacional de Jornalistas (Fenaj), a qual prometeu traçar novas estratégias de luta pela qualificação do jornalismo.

A deliberação do Supremo Tribunal Federal foi tomada por oito votos contra um, uma quase unanimidade que é vista pela federação de sindicatos de jornalistas brasileiros como uma cedência às posições patronais e que “entrega às empresas de comunicação a definição do acesso à profissão de jornalista”.

“Este é um duro golpe à qualidade da informação jornalística e à organização de nossa categoria, mas nem o jornalismo nem o nosso movimento sindical vão acabar, pois temos muito a fazer em defesa do direito da sociedade à informação”, reagiu o presidente da Fenaj, Sérgio Murillo de Andrade, considerando a decisão judicial um retrocesso.

A Federação Internacional de Jornalistas (FIJ) apoia a posição do seu associado brasileiro e frisa que, ao abrirem caminho para uma crescente precarização dos jornalistas, os meios de comunicação social «criam um prejuízo para a informação democrática».

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