Número de jornalistas presos no mundo aumentou

O número de jornalistas presos pelo seu trabalho em todo o mundo aumentou pelo segundo ano consecutivo, cifrando-se a 1 de Dezembro último em 134, uma subida de nove pessoas em relação ao relatório elaborado em 2005 pelo Comité para a Protecção dos Jornalistas (CPJ), que, contudo, inclui na categoria de jornalistas alguns denominados cidadãos-repórteres, da China, e escritores, em Cuba.

China (32), Cuba (24), Eritreia (23) e Etiópia (18) encabeçam a lista dos 24 países que têm jornalistas presos, com destaque para o facto de um em cada três profissionais detidos exercer o seu trabalho na Internet, sendo que o CPJ considera como jornalistas os cidadãos-repórteres que estão presos na China e os escritores independentes encarcerados em Cuba.

Apesar do elevado número de ciberjornalistas na cadeia (49), a imprensa escrita continua a ser a que tem uma maior fatia, contabilizando um total de 67 casos, exactamente metade do total.

De uma maneira geral, as acusações de rebelião e de actos contra os interesses do Estado são aquelas que normalmente são usadas para encarcerar jornalistas em todo o mundo, estando 84 jornalistas presos actualmente por esse motivo.

No entanto, cada vez mais jornalistas são detidos sem nenhuma acusação ou julgamento, sendo que 20 dos 134 profissionais presos em 2006 foram encarcerados sem o devido processo legal, tendo o CPJ destacado os casos da Eritreia (com mais de metade dos casos deste tipo) e dos Estados Unidos (que prenderam o fotógrafo da Associated Press Bilal Hussein no Iraque e mantêm o operador de câmara da Al Jazira Sami al-Haj detido na base naval de Guantánamo).

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