Dois jornalistas morreram hoje, em Bagdad, quando se encontravam num centro de comunicações do exército norte-americano que foi atingido por um míssil iraquiano, elevando para nove o número de profissionais dos média mortos em 19 dias de guerra.
Os dois jornalistas, cuja identidade não foi ainda divulgada, estavam incorporados numa unidade militar norte-americana, noticiou a BBC. O ataque deu-se às 12 e 27 horas.
O sítio da BBC revela também que dois jornalistas polacos, Marcin Firlej e Jacek Kaczmarek, foram presos esta tarde pelo exército iraquiano num “checkpoint” em Hilla, 130 quilómetros a sul de Bagdad. A informação foi avançada por órgãos de comunicação social polacos, adianta a estação pública britânica.
No domingo, 6 de Abril, Kamaran Aduzaraq Muhamed, que acompanhava uma equipa da BBC, morreu no Curdistão, em consequência do “fogo amigável” de forças americanas. A tragédia foi registada pelo jornalista da BBC, John Simpson, numa reportagem realizada nos momentos imediatamente a seguir à deflagração do míssil norte-americano.
O jornalista do “Washington Post” Michael Kelly e o iraniano Kaveh Golestan morreram a 4 e a 2 de Abril, no Sul do Iraque e no Curdistão iraquiano.
Com as mortes de Terry Lloyd e Paul Moran, nos primeiros dias do confronto, eleva-se agora a oito o número de profissionais dos média mortos em consequência directa da guerra. Um outro jornalista, David Bloom, da NBC, perdeu a vida no dia 6, devido a doença. David Bloom, de 39 anos, foi vitimado por uma embolia pulmonar.
Quatro jornalistas ficaram feridos desde o início do conflito, incluindo John Simpson, e permanecem desaparecidos desde 22 de Março os companheiros de Terry Lloyd, o francês Fréderic Nerac e o libanês Hussein Othman. Também Gaby Rado, que trabalhava para a estação televisiva britânica ITN, foi morto em 22 de Março.