Nota de pesar pela morte de Francisco Pinto Balsemão

Francisco Pinto Balsemão dedicou a vida ao jornalismo e à política. Fundador do PSD, deputado e primeiro-ministro, foi jornalista e encabeçou órgãos de comunicação social tanto antes como depois de passar pelas cadeiras e pelos corredores do poder.

Advogado de profissão, Francisco Pinto Balsemão entrou no jornalismo em 1963, no “Diário Popular”, em Lisboa, onde permaneceu até 1971. No ano em que abraçou a profissão, inscreveu-se no Sindicato dos Jornalistas (SJ) e foi-lhe atribuído o número 138.

A ligação com o SJ foi particularmente importante na discussão do projeto de Lei de Imprensa, em 1972, levado ao parlamento pelo jovem político da chamada “Ala Liberal” em parceira com Francisco Sá Carneiro. O SJ, que tinha reunido no início desse ano com o Ministro do Turismo para lhe fazer chegar uma proposta de alteração legislativa, apoiaria, em Assembleia Geral, o projeto de Sá Carneiro e Pinto Balsemão, apesar das divergências.

A Lei 5/71, de 5 de novembro, estabeleceu os princípios fundamentais do regime jurídico da Imprensa, incluindo matérias como o estatuto dos profissionais da Imprensa periódica, o ensino do jornalismo, a imprensa regional e as publicações para a infância e a adolescência.

Conhecido como fundador do jornal “Expresso”, em 1973, ainda nos tempos da ditadura, e da primeira televisão privada em Portugal, a SIC, em 1992, Balsemão mencionava publicamente como lhe era importante o jornalismo e o facto de ter sido jornalista, pugnando, por exemplo, pela criação de Conselhos de Redação, algo que ainda hoje não está implementado em todos os Órgãos de Comunicação Social. Na IMPRESA, criou o primeiro grande grupo privado de comunicação social em Portugal.

À família e aos amigos, as condolências do Sindicato dos Jornalistas.

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