A Federação Internacional de Jornalistas (FIJ) e a Federação Europeia de Jornalistas (FEJ) acusam as autoridades ucranianas de inoperância na busca dos responsáveis pelo assassínio do jornalista Georgy Gongadze, ocorrido há três anos.

Georgy Gongadze, repórter de investigação do jornal on-line Ukrainska Prawda (www.pravda.com.ua), desapareceu a 16 de Setembro de 2000, depois de ter denunciado vários casos de corrupção no governo de presidente Leonid Kuchma. O corpo de Gongadze foi encontrado a 2 de Novembro, mutilado e decapitado, numa vala perto de Kiev.

Três anos volvidos sobre a morte do jornalista, de 31 anos, o processo de averiguações pouco ou nada avançou, tendo algumas potenciais testemunhas morrido entretanto.

“Queremos ver o caso resolvido depressa, pois a própria credibilidade da democracia ucraniana depende da resolução deste caso”, afirmou Aidan White, secretário-geral da FIJ. A organização planeia organizar, na Primavera de 2004, antes das eleições ucranianas, uma conferência de imprensa para determinar o progresso nas reformas de imprensa e solidariedade entre sindicatos na Ucrânia.

Também a organização Repórteres Sem Fronteiras e o Comité para a Protecção dos Jornalistas criticaram as autoridades ucranianas pelo desinteresse manifestado na resolução deste crime.