Mais um profissional dos média assassinado nas Filipinas

O apresentador de rádio e ex-colunista de imprensa Ponciano Grande foi alvejado mortalmente a 7 de Dezembro por dois indivíduos em Cabantuan City, tornando-se assim no 11º elemento dos média a ser morto este ano nas Filipinas e no 47º desde que Gloria Macapagal-Arroyo está na presidência.

O elevado número de profissionais dos média mortos desde 2001, ano em que Macapagal-Arroyo foi eleita, levou a Federação Internacional de Jornalistas (FIJ), a Repórteres Sem Fronteiras (RSF) e o Comité para a Protecção dos Jornalistas (CPJ) a condenarem a administração da presidente por não dar a prioridade devida à segurança dos jornalistas.

“Foram mortos mais jornalistas nas Filipinas desde que Arroyo chegou ao poder em 2001 do que durante a ditadura de 14 anos de Ferdinando Marcos. Quando é que o governo vai dizer ‘basta’ e recusar-se a permitir que o massacre de jornalistas continue?”, questiona o presidente da FIJ, Christopher Warren.

Além do caso de Ponciano Grande – cujas eventuais motivações relacionadas com o trabalho jornalístico estão já a ser investigadas pelo CPJ –, a RSF deu ainda conta de ameaças de morte contra a repórter de rádio Lourdes Escaros-Paet, a 10 de Novembro.

O autor das ameaças é um agente da polícia que foi implicado em casos de tráfico de pessoas, rapto de crianças, corrupção e abuso de poder. A jornalista foi colocada sob protecção e tem permanecido retirada em casa com medo de represálias.

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