Mais um jornalista morto nas Filipinas

Fernando Batul, apresentador da rádio DYPR, de Puerto Princesa, nas Filipinas, foi assassinado a 22 de Maio. Segundo a Federação Internacional de Jornalistas (FIJ), este é o quinto profissional dos média a ser morto naquele país-arquipélago desde o início de 2006.

O jornalista – que era um ex-autarca de Puerto Princesa e vinha sendo bastante crítico do actual presidente da Câmara – foi morto por disparos de dois homens numa motocicleta quando ia a caminho do trabalho.

Segundo a Repórteres Sem Fronteiras (RSF), Fernando Batul foi alvo de uma tentativa frustrada de assassinato a 24 de Abril, mas os agressores avisaram-no então de que seria morto caso não tivesse tento na língua.

“Chegou a altura de dizer basta. O governo das Filipinas tem de tomar medidas a sério para punir os responsáveis e salvaguardar a segurança dos trabalhadores dos média. Quantos mais jornalistas precisam de morrer nas Filipinas antes da presidente actuar para pôr fim a esta matança sem sentido?”, enfatizou o presidente da FIJ, Christopher Warren.

Desde que Gloria Macapagal-Arroyo chegou ao poder, há cinco anos, já foram mortos 42 jornalistas nas Filipinas. E embora as autoridades afirmem que os crimes contra jornalistas não ficam impunes nas Filipinas, uma pesquisa do Comité para a Protecção dos Jornalistas (CPJ) revela que só se registou uma condenação em 23 casos de jornalistas mortos devido ao seu trabalho desde 2000.

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