Os jornalistas Christian Chesnot, da “Radio France Internationale” (RFI), Georges Malbrunot, do diário francês “Le Fígaro”, e Enzo Baldoni, do semanário italiano “Diario”, todos em serviço no Iraque, não dão notícias desde 19 de Agosto, o que faz temer pela sua segurança.

A preocupação com os jornalistas é agravada pelo facto de o interprete do repórter Enzo Baldoni ter entretanto sido encontrado morto, o que leva a crer que os três profissionais tenham sido raptados, refere uma nota da Federação Internacional de Jornalistas (FIJ) divulgada a 23 de Agosto.

“O número de jornalistas estrangeiros desaparecidos está a aumentar e nós receamos que os jornalistas se tenham transformado num alvo dos grupos armados”, afirma a FIJ, sublinhando que “a morte e a ameaça de morte a civis desarmados são actos desumanos que põem em chocante evidência a continuada crise de segurança no Iraque”.

Também a Repórteres Sem Fronteiras (RSF) manifestou a sua preocupação com o desaparecimento dos três profissionais dos média, e lembrou que “38 jornalistas morreram desde o começo da guerra” no Iraque.

“Estamos alarmados com a multiplicação dos sequestros de jornalistas”, afirma a RSF, fazendo notar que se trata de “civis que, em caso algum, devem ser tomados como reféns pelas partes em conflito, nem ser equiparados à política do país cuja nacionalidade ostentam”.