Mais jornalistas portugueses atacados no Iraque

Um grupo de jornalistas portugueses foi hoje atacado no Iraque, tendo a enviada da SIC Maria João Ruela sido ferida numa perna, enquanto Carlos Raleiras, da TSF, se encontra desaparecido. No jipe da SIC seguia também o repórter de imagem Rui do Ó, que se encontra bem.

Os três jipes, onde seguiam diversos jornalistas portugueses, pouco tempo após entrarem no Iraque a partir do Koweit começaram a ser seguidos por dois carros.

O jipe onde seguiam Maria João Ruela e Rui do Ó, da SiC, e que era conduzido por Carlos Raleiras, da TSF, não conseguiu escapar aos perseguidores, que, entretanto, o tinham atingido a tiro e ferido Maria João Ruela numa perna. Os assaltantes obrigaram Carlos Raleiras a entrar num dos veículos e levaram o jipe, deixando Maria João Ruela e Rui do Ó na estrada.

Uma outra viatura de iraquianos transportaria Maria João Ruela para o hospital de Mardid, perto da fronteira com o Koweit, onde foi assistida encontrando-se livre de perigo.

As tropas britânicas, a cujo comando estão confiadas as operações na zona, puseram-se em acção para encontrar Carlos Raleiras. O jornalista da TSF estava contactável por telefone ao princípio da tarde (hora de Lisboa), garantindo que apesar da dificuldade da situação se encontrava bem e pedindo um tradutor de árabe que o ajudasse a comunicar com os sequestradores.

Entretanto, o Sindicato dos Jornalistas (SJ) já dera conhecimento do rapto de Carlos Raleiras à Federação Internacional de Jornalistas (FIJ) e ao INSI-Instituto para a Segurança na Informação, solicitando que accionassem os mecanismos internacionais de busca e protecção.

A comitiva de jornalistas portugueses incluía ainda Armando Seixas Ferreira e Vítor Silva (RTP), Dora Pinto (Rádio Renascença), Miguel Caldeira e Pedro Baptista (TVI) e Sofia Lorena (Público).

Os jornalistas foram destacados para acompanhar os agentes da GNR em missão no Iraque e dirigiam-se ao aquartelamento das forças italianas em Nassíria, que dia 12 foi alvo de um ataque suicida que provocou 28 mortos.

Este foi o segundo incidente em dois dias com jornalistas portugueses no Iraque, depois do ataque ao enviado especial da RDP/Antena 1, José Manuel Rosendo, quando se deslocava, anteontem, de Nassíria para Bassorá.

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