Um tribunal de Shandong condenou, a 13 de Maio, os jornalistas Qi Chonghuai e He Yanjie, a quatro e dois anos de cadeia, respectivamente, sob a acusação de chantagem. Ambos trabalham para o “China Legal News”, uma publicação detida e controlada pelo Minis

Li Xiongbing, advogado de Qi Chonghuai, declarou à Federação Internacional de Jornalistas (FIJ) que o seu cliente, detido desde 25 de Junho de 2007, se queixa de ter sido agredido pela polícia durante o período de detenção e impedido de contactar com a mulher, Jiao Xia. Esta encontra-se sob vigilância das autoridades de Shandong, pelo que não pôde falar à FIJ.

Além deste caso, a FIJ denunciou a detenção, a 9 de Maio, do activista ambiental e jornalista freelance Chen Daojun, sob suspeita de “incitação à subversão do poder do Estado” durante uma manifestação contra fábricas químicas em Pengzhou, localidade a 39 quilómetros de Chengdu, na província de Sichuan, que esta semana foi afectada por um grave terramoto.

“O governo central chinês tem de pôr um travão às autoridades locais que estão a usar os tribunais para silenciar críticas e dissensões”, afirmou a directora da FIJ para a Ásia-Pacífico, Jacqueline Park, referindo que estes casos e as detenções dos escritores Hi Jia, a 3 de Abril, e Zhou Yuanzhi, a 3 de Maio, revelam um aumento da repressão sobre jornalistas e escritores nas vésperas dos Jogos Olímpicos.