Mais ataques a jornalistas no Nepal

A violência contra jornalistas no Nepal regressou em força nas últimas duas semanas, denunciou a Federação Internacional de Jornalistas (FIJ), que instou o governo daquele país asiático a tomar medidas concretas que garantam a protecção dos jornalistas e das suas liberdades.

Este alerta da FIJ foi motivado por casos como a agressão por parte de quadros maoístas ao fotojornalista Bhaswar Ojha, do semanário “Samay”, a 18 de Setembro, ou as ameaças de morte a jornalistas que um dia antes cobriram confrontos num templo em Doti, na zona ocidental do país.

A organização denunciou ainda o encerramento a cadeado, por um dia, das instalações do “Mofussil Weekly” a 15 de Setembro, motivado por um artigo que acusava um quadro maoísta de ter tentado agredir sexualmente uma menor, e o alegado uso da força para obrigar Hari Narayan Regmi, da agência Rastriya Samachar Samiti, e a mulher do jornalista Shreeram Sigdel, do “Annapurna Post”, a filiarem-se no partido maoísta.

Pela positiva, a FIJ saudou as garantias do primeiro-ministro Girija Prasad Koirala de que serão implementadas em breve as recomendações de uma comissão especializada relativas à reforma estrutural das instituições dos média, a mudanças legais e constitucionais, à política de publicidade, supervisão e classificação, investimento estrangeiro nos média e reforma regional do sector.

Por último, a organização enviou as suas condolências às famílias dos jornalistas Hem Bhandari e Sunil Singh, ambos da NTV, que morreram a 23 de Setembro quando seguiam num helicóptero alugado pela WWF, que caiu devido ao mau tempo no leste do Nepal, matando os 24 passageiros que seguiam a bordo.

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