Liberdade de imprensa piorou globalmente em 2004

Um estudo da Freedom House apresentado a 27 de Abril afirma que, apesar de melhorias importantes registadas em algumas partes do mundo, em termos médios a liberdade de imprensa piorou globalmente em 2004, mantendo a tendência descendente dos últimos três anos.

A responsabilidade desta descida deve-se à prestaçãode países como o Paquistão, Quénia, México, Venezuela e Estados Unidos, onde ocorreram vários tipos de ataque à liberdade de imprensa e até casos de ingerência governamental sobre os média, como os pagamentos da administração Bush a jornalistas para noticiarem alguns assuntos de determinada maneira.

“Por aqui se vê que, até em democracias maduras, a liberdade de imprensa não deve ser tomada como uma garantia. Ela tem de ser defendida e alimentada”, afirmou a directora-executiva da Freedom House, Jennifer Windsor.

Intitulado “Freedom of the Press 2005: A Global Survey of Media Independence”, este estudo assinala a existência de 75 países com liberdade de imprensa, 50 em que esta é parcialmente livre e 69 em que não existe.

Numa tabela liderada pela Finlândia, a Islândia e a Suécia, Portugal aparece no 13º lugar – ex-aequo com Andorra, Baamas, Liechtenstein e Mónaco –, e integra-se juntamente com São Tomé e Príncipe (61º) e Timor Leste (71º) na categoria dos países onde a imprensa é livre.

O estudo considera Cabo Verde (76º), Brasil (87º), Moçambique (102º) e Guiné-Bissau (115º) como parcialmente livres, enquanto Angola (139º) é o único país lusófono na área dos “não livres”, cujo último posto é ocupado pela Coreia do Norte.

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