O semanário satírico “Nichane” está a ser alvo de um processo judicial por “atentado à religião islâmica”, devido à publicação de um artigo intitulado “Anedotas: como riem os marroquinos da religião, do sexo e da política?” na edição de 9 de Dezembro.

O processo foi iniciado pelo procurador do rei Mohammed VI junto do tribunal de primeira instância de Casablanca e tem como réus o director do semanário, Driss Ksikes, e a jornalista Sanaa Al Aji, que são acusados de atentar contra a religião oficial do estado marroquino e de publicar e distribuir escritos contrários à moral e aos costumes.

As autoridades marroquinas suspenderam ainda o jornal a 20 de Setembro, o que foi de pronto contestado pela Repórteres Sem Fronteiras, que instou o governo a reconsiderar esta medida.