Junta militar das Fiji quer deportar editor do “Fiji Daily Post”

As autoridades militares das Fiji detiveram a 14 de Dezembro Robert Wolfgramm, editor do “Fiji Daily Post”, confiscando-lhe o passaporte australiano e informando-o de que seria deportado hoje, 15 de Dezembro, uma decisão que foi já condenada pela Federação Internacional de Jornalistas (FIJ), pela Repórteres Sem Fronteiras (RSF) e pelo Instituto Internacional de Imprensa (IPI).

Considerando a deportação de Wolfgramm como uma tentativa flagrante de influenciar a cobertura mediática das mudanças políticas recentes no país, o director do IPI, Johann Fritz, instou os militares fijianos a respeitarem a liberdade de expressão e a liberdade de imprensa, pondo um ponto final nas intimidações a jornalistas.

Actualmente reina no país alguma confusão acerca da consagração legal do direito à liberdade de expressão, uma vez que o chefe do golpe militar, Frank Bainimarama, declarou o estado de emergência, suspendendo a parte da lei máxima que garante a liberdade de expressão e a liberdade de imprensa, embora os militares tenham dito publicamente, pelo menos em duas ocasiões, que a livre expressão continuava garantida.

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