Junta militar da Birmânia liberta dois jornalistas

A junta militar que governa a Birmânia libertou os jornalistas Thaung Tun e Than Win Hlaing, no âmbito de uma amnistia que tirou das prisões do país um total de 2831 prisioneiros. Contudo, de acordo com o Comité para a Protecção dos Jornalistas (CPJ), seis outros jornalistas continuam presos nas cadeias birmanesas.

De acordo com a Repórteres Sem Fronteiras (RSF), Thaung Tun foi condenado a oito anos de prisão em Outubro de 1999 por ter feito documentários não autorizados acerca da dureza das condições de vida na Birmânia sob a ditadura militar, enquanto Than Win Hlaing recebeu uma pena de sete anos de prisão em Junho de 2000 por ter escrito artigos sobre a líder da oposição Aung San Suu Kyi e o seu pai, o general Aung San.

A libertação de Thaung Tun foi ainda saudada pelo CPJ, que em 2004 lhe atribuiu a ele e ao seu colega Aung Pwint um Prémio Internacional de Liberdade de Imprensa, em reconhecimento pela coragem que tiveram em defender esta causa num país conhecido pela censura que exerce sobre a prática do jornalismo.

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