Jornalistas venezuelanos intimidados nas Honduras

Um grupo de jornalistas venezuelanos das estações televisivas Telesur e VTV abandonou as Honduras a 12 de Julho, após detenções e intimidações por parte das autoridades que desde 28 de Junho governam o país, na sequência do golpe de Estado que afastou o presidente Manuel Zelaya.

De acordo com a Agência Bolivariana de Notícias, os repórteres terão sido expulsos, mas as autoridades hondurenhas negam a expulsão de jornalistas estrangeiros e afirmam que o governo não está a censurar a cobertura noticiosa.

No que toca a este último aspecto, o Comité para a Protecção dos Jornalistas (CPJ) tem opinião contrária e diz que as forças de segurança das Honduras têm encerrado emissoras locais, bloqueado as transmissões de redes noticiosas internacionais e detido jornalistas, considerando ainda que os principais meios de comunicação hondurenhos têm enviesado a cobertura a favor dos golpistas.

“Estamos muito preocupados com a polarização do ambiente mediático nas Honduras e com a crescente intolerância do governo interino”, disse Carlos Lauría, coordenador do CPJ para as Américas, acrescentando que, embora o governo interino alegue que tomou o poder de forma legal, “este tipo de acção crua contra órgãos de comunicação críticos é uma clara violação da lei internacional”.

Também a Federação Latinoamericana de Jornalistas (Felap) repudiou energicamente o sucedido e responsabilizou o presidente interino, Roberto Micheletti, e o general Romeo Vásquez, líder máximo das forças armadas, bem como todos os seus subordinados, pelo que se passou com os jornalistas venezuelanos.

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