Jornalistas precisam de mais protecção no Iraque

A contínua morte de jornalistas no Iraque levou a Federação Internacional de Jornalistas (FIJ) e a Repórteres Sem Fronteiras (RSF) a apelar às autoridades iraquianas para que protejam melhor os profissionais da comunicação social.

“Já não encontramos palavras para expressar a nossa indignação para com esta tragédia sem fim que atinge os jornalistas no Iraque”, confessou a RSF, enquanto a FIJ alertou que “não pode haver uma democracia bem sucedida no Iraque se não houver liberdade de imprensa”.

Só na semana passada morreram no Iraque os jornalistas Hadi Anawi al-Joubouri, Safa Isma’il Enad e Abdel Karim Al-Roubai. Já esta semana, a 18 de Setembro, seis homens armados mataram a tiro Ahmed Riyadh al-Karbouli, correspondente da Baghdad TV em Ramadi. O repórter e operador de câmara, de 25 anos, desde há quatro meses que recebia ameaças de morte de insurgentes iraquianos, devido aos seus trabalhos sobre a segurança dos habitantes de Ramadi.

Segundo o Comité para a Protecção dos Jornalistas (CPJ), al-Karbouli é o terceiro trabalhador da Baghdad TV a ser assassinado desde Junho de 2005, tendo os outros dois sido mortos por forças norte-americanas em situações de fogo cruzado.

Um jornalista raptado

Entretanto, a Deutsche Presse-Agentur revelou sexta-feira, 15 de Setembro, que o jornalista Mothanna Ibrahim, da Al-Arabiya, foi raptado em Mosul no início da semana. Os raptores permitiram-lhe fazer um curto telefonema para casa, mas foi impossível detectar a origem da chamada.

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