Dois antigos funcionários da inteligência militar norte-americana admitiram a 9 de Outubro que, por várias vezes, ouviram e transcreveram conversas telefónicas pessoais de jornalistas que estavam no Iraque, apesar de estas nada terem a ver com qualquer tipo de terrorismo.
As declarações de Adrienne Kinne e de David Murfee Faulk à ABC News levaram o senador democrata John D. Rockefeller, presidente da Comissão de Inteligência do Senado, a anunciar a abertura de uma investigação a esta prática rotineira de escutas a jornalistas, a funcionários que prestavam ajuda humanitária e a militares no Iraque, tendo já “solicitado toda a informação relevante à Administração Bush”.
Recorde-se que, após o 11 de Setembro de 2001, George W. Bush autorizou a Agência Nacional de Segurança (NSA) a realizar escutas a conversas de cidadãos norte-americanos com pessoas no estrangeiro sem qualquer necessidade de permissão judicial prévia.