Jornalistas libertados na Somaliland

Dois jornalistas e um executivo do jornal “Haatuf” receberam um perdão presidencial e foram libertados a 29 de Março, após terem passado três meses detidos pela difamação de pessoas próximas do presidente da autoproclamada república de Somaliland, situada no Norte da Somália.

O director Yusuf Abdi Gabobe e três dos seus jornalistas – Ali Abdi Dini, Mohammed Omar Sheik e Mohammed Rashid Farah (julgado in absentia) – foram condenados no dia 4 de Março a penas entre os dois anos e os dois anos e cinco meses de prisão, tendo o tribunal decretado ainda uma multa de 5 milhões de xelins de Somaliland (cerca de 600 euros) ao jornal e revogado a sua licença.

Saudando a libertação dos três profissionais, o responsável da Federação Internacional de Jornalistas (FIJ) para África, Gabriel Baglo, instou as autoridades de Somaliland a devolverem a licença de publicação ao jornal.

Emboscada atinge carro de reportagem

Também a 29 de Março, a FIJ condenou uma emboscada contra o carro onde seguiam cinco jornalistas para cobrir uma história sobre um objecto que alegadamente caíra do espaço em Hiran, no centro da Somália, e instou as autoridades daquela região a conduzir uma investigação séria ao caso e a punir os autores do ataque.

A bordo do veículo seguiam Mohammed Sheik Nur, colaborador da Associated Press, Mohammed Ibrahim Isak, ao serviço do “New York Times”, Abshir Ali Gabre, da Radio Jowhar e dois jornalistas freelance, tendo os atacantes armados roubado seis câmaras, seis telemóveis e algum dinheiro aos jornalistas, além de agredirem o profissional da AP.

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