Em protesto contra a abolição dos contratos colectivos de trabalho, a violação dos direitos laborais e de reforma e os layoffs de proporções inéditas, sobretudo no Norte da Grécia, os jornalistas gregos estão a participar numa greve geral de 24 horas que suspendeu por completo a cobertura noticiosa no país.

Esta greve de aviso, realizada sob os auspícios da Federação Pan-helénica de Sindicatos de Jornalistas (POESY), está a ser levada a cabo nos meios impressos e audiovisuais e terminará às 6 da manhã de 16 de Dezembro, estando já agendada uma greve de 48 horas para o fim-de-semana de 17 e 18 de Dezembro.

Segundo Arne König, presidente da Federação Europeia de Jornalistas (FEJ), “o curso dos assuntos laborais dos jornalistas na Grécia é fonte de grande preocupação para todos os jornalistas europeus”, motivo pelo qual a organização apela a que se enviem mensagens de apoio para os e-mails famellos@esiemth.gr e dralli@esiea.gr.

“Estamos profundamente preocupados com o esforço coordenado dos editores para desregular as relações de trabalho, sem ter em conta as consequências na qualidade do jornalismo”, afirma o presidente da FEJ, sublinhando que “quando os nossos colegas gregos defendem o seu direito à negociação colectiva estão a enviar uma mensagem clara aos editores: eles não podem despedir jornalistas para fazer face à diminuição de lucros; ao fazê-lo só enfraquecerão o seu produto mais valioso, que é a informação”.