Jornalistas espanhóis expulsos do Norte de Chipre

As autoridades turco-cipriotas expulsaram, a 14 de Outubro, do Norte de Chipre um grupo de dez jornalistas espanhóis, entre os quais Xavier Vidal, um chefe de Redacção do “El País”, revelaram a Federação Europeia de Jornalistas e a Repórteres Sem Fronteiras, que condenam as condições de trabalho impostas aos jornalistas na região.

Os dez jornalistas e outros seis cidadãos espanhóis foram expulsos do Norte de Chipre sob a acusação de terem participado numa “reunião ilegal”. Os jornalistas tinham agendadas entrevistas com representantes de Organizações Não Governamentais, dos meios de comunicação social e de várias associações do Norte de Chipre.

No decorrer de uma dessas reuniões, os dez jornalistas foram surpreendidos pela polícia, que ameaçou recorrer à violência.

A polícia turco-cipriota expulsou-os por esses encontros não terem sido autorizados e por os membros do grupo terem dado falsas informações ao atravessar a fronteira que separa o Sul do Norte da ilha.

A Repórteres Sem Fronteiras (RSF) condenou a atitude das autoridades e denunciou “as condições inaceitáveis impostas ao jornalistas estrangeiros” no Norte de Chipre. “Se não querem ser espiados e pôr em risco as suas fontes, são obrigados, tal como na Chechénia, a colocar-se numa situação ilegal e a esconder a sua actividade de jornalistas”, disse o secretário-geral da RSF, Robert Ménard.

Em carta dirigida ao ministro turco para os Assuntos Cipriotas, o dirigente da RSF exigiu “a modificação da regulamentação actual, que coloca entraves à liberdade de Imprensa em Chipre”.

O presidente da FEJ, Gust Glattfeldder, disse que o regime turco “não está interessado na liberdade de Imprensa e na livre circulação de informação. Esta acção hostil é uma violação flagrante de direitos reconhecidos internacionalmente”.

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