Jornalistas e trabalhadores dos media assassinados em 2013

Em 2013 foram assassinados 105 jornalistas e trabalhadores dos meios de comunicação em ataques selectivos, explosões de bombas e fogo cruzado, informa o relatório da Federação Internacional de Jornalistas (FIJ) divulgado a semana passada.

Sob o título «Perigo mortal: jornalistas e trabalhadores dos media assassinados em 2013», o relatório manifesta a sua preocupação pela quebra de segurança em todo o planeta e actualiza os dados referindo – para além das 105 mortes violentas – mais 15 mortes acidentais relacionadas com a profissão ocorridas no ano passado.

Ao documentar a situação precária, muitas vezes brutal, que os jornalistas enfrentam ao trabalhar em zonas de conflito, guerras e locais de instabilidade política, o relatório da FIJ aponta como as regiões mais mortíferas para os jornalistas, em 2013, a Ásia-Pacífico (29% dos crimes) e o Médio Oriente e o mundo árabe (27% dos casos). Os países mais perigosos para o pessoal dos meios de comunicação foram a Síria, Filipinas, Paquistão, Iraque e Índia.

“O nível de mortes violentas nos media em 2013 confirma o desprezo negligente dos governos quanto se trata de apurar os responsáveis por essa violência contra os jornalistas. Isso traduz-se na consolidação de uma certa cultura da impunidade que resulta em crescentes ataques aos profissionais dos media”, refere o relatório.

O documento sublinha ainda que “estamos perante uma necessidade urgente: os governos têm de proteger e assegurar o direito elementar dos jornalistas à vida. Os governos de todo o mundo têm de tomar medidas drásticas que atalhem pela raiz o banho de sangue dos meios de comunicação”.

O relatório está disponível no ficheiro anexo.

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