Três jornalistas radiofónicos foram detidos a 24 de Outubro na aldeia de Daynunay, perto de Baidoa, na Somália, por milícias leais ao governo de transição do país, sob a acusação de terem filmado tropas etíopes que estariam em território somali.
De acordo com fontes locais, os três jornalistas tinham estado horas antes a cobrir combates entre milícias leais aos Tribunais Islâmicos, que controlam a antiga capital Mogadíscio e o sul do país, e tropas do governo provisório, que estão alegadamente a ser apoiadas por militares etíopes.
Segundo o Sindicato Nacional de Jornalistas Somalis, as autoridades interrogaram Fahad Mohammed Abukar, da Warsan Radio, Mohammed Adawe Adam, da Radio Shabelle, e Muktar Mohammed Atosh, da HornAfrik Radio, nas instalações do Departamento de Investigação Criminal de Baidoa, tendo os jornalistas sido transferidos ao final do dia para a prisão daquela localidade.
Criticando a actuação das autoridades contra os três profissionais, o Comité para a Protecção dos Jornalistas (CPJ) e a Repórteres Sem Fronteiras (RSF) instaram o governo de transição da Somália, reconhecido pela comunidade internacional, a respeitar as garantias de liberdade de imprensa inscritas na carta de transição federal daquele país africano.
