Jornalistas detidos na Cimeira França-África

A organização Repórteres sem Fronteiras (RSF) condenou a detenção de 14 jornalistas e profissionais dos média que cobriam a Cimeira França-África, em Paris, e exigiu explicações ao prefeito de Paris, lembrando que a segurança dos chefes de Estado não deve impedir os jornalistas de desempenharem livremente a sua missão.

A polícia francesa interpelou, na tarde de dia 21, um operador de câmara da Associated Press Televisivon e o motociclista que o transportava, quando filmavam o local da conferência. Os dois profissionais foram proibidos de colher imagens e conduzidos a uma esquadra de polícia onde permaneceram durante quatro horas.

No dia 20, 12 jornalistas foram detidos quando cobriam uma manifestação contra a presença de Robert Mugabe na cimeira, que decorria em frente ao Ministério dos Negócios Estrangeiros. Os jornalistas detidos trabalham para a Associated Press, Reuters, Skynews, AFP e Sunday Telegraph.

“Os métodos utilizados pela polícia contra os jornalistas durante a cimeira são inaceitáveis”, disse o secretário-geral da RSF, Robert Ménard, na carta de protesto enviada ao prefeito de Paris, Jean-Paul Proust.

Também no dia 20 foram detidos 30 activistas da RSF que participaram numa manifestação contra os abusos constantes da liberdade de Imprensa cometidos por 23 líderes africanos, entre os quais o Presidente da Guiné-Bissau, Kumba Yalá.

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