Jornalistas críticos condenados a vários anos de prisão

Dois jornalistas iranianos e um tibetano foram condenados a mais de seis anos de prisão pelos governos do Irão e da China, denunciaram o Instituto Internacional de Imprensa (IPI) e a Repórteres Sem Fronteiras (RSF).

No Irão, Bahman Ahmadi Amoui, editor do jornal económico “Sarmayeh” e crítico das estratégias económicas do presidente Mahmoud Ahmadinejad, foi condenado a sete anos e quatro meses de prisão, acrescidos de 34 chicotadas, sem que sejam evidentes as acusações que levaram à condenação do jornalista, que está detido desde 20 de Junho de 2009.

Também no Irão, um tribunal de recurso confirmou a sentença de seis anos de prisão do jornalista reformista Ahmad Zeidabadi, que terá de cumprir a pena numa cidade remota a mais de mil quilómetros de Teerão.

Na China, a 28 de Dezembro de 2009 as autoridades condenaram a seis anos de prisão o realizador tibetano Dhondup Wangchen, que está detido desde 26 de Março de 2008 por ter filmado entrevistas com tibetanos para um documentário chamado “Leaving Fear Behind” (Deixar o Medo para Trás).

“Condenamos esta decisão do governo de Pequim, porque é uma violação da liberdade de imprensa. É deplorável que não saibamos sequer as acusações que levaram à condenação de Dhondup Wangchen, onde é que ele está detido e qual é o seu estado de saúde actual”, disse à RSF Tashi Wangchuk, dirigente da Associação de Jornalistas Tibetanos.

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