A entrada em vigor de uma nova lei dos média na Bielorússia, a 8 de Fevereiro, “tornou ainda mais difícil a situação dos órgãos independentes” naquele país do Leste Europeu, afirmou a Federação Internacional de Jornalistas (FIJ), classificando a antiga república soviética como a pátria dos repórteres “mais oprimidos da Europa”.

Entre outras coisas, as novas regras dos média aceleram os processos de encerramento de órgãos de comunicação e permitem que os jornalistas possam ser condenados por divulgar posições públicas de partidos políticos ou organizações não governamentais caso estas “desacreditem a República da Bielorússia”.

Por isso, a FIJ instou o governo bielorusso a efectuar reformas radicais no sector, pois as suavizações de última hora na legislação e a permissão para que dois jornais independentes voltem a ser distribuídos pelo Estado não disfarçam uma dura realidade que, segundo a Associação Bielorussa de Jornalistas (BAJ), só se alterou ligeiramente devido a pressões e sanções da União Europeia.