Jornalistas atacados no Egipto

Vários jornalistas foram atacados ou ameaçados em diversas províncias do Egipto entre 20 e 26 de Novembro, uma situação considerada preocupante pela Repórteres Sem Fronteiras (RSF) sobretudo por o país estar em período de eleições legislativas.

Entre os casos citados pela RSF estão Hossam El-Hamalawy, correspondente do “Los Angeles Times” que foi agredido a 20 de Novembro por nove agentes de segurança à paisana, e o fotógrafo Hossam Fadl, do diário “Al Masry Al-Youm”, que no mesmo dia esteve detido durante sete horas pela polícia em Suez.

A organização refere ainda agressões a Mohamed Reda e Wael Mostafa, do semanário “Afaq Arabeya”, e ao repórter Abdel-Hafiz Saad, do semanário “Al-Fajr”, que foi detido e severamente agredido pela polícia em Quhafa.

A 26 de Novembro, a RSF registou o ataque de um agente policial ao repórter da BBC Mohammad Taha, e os insultos, agressões e detenções da polícia da província de Qalyobeya contra Afaf El-Sayed, Ahmed El-Dessouqi, Khaled Ghamal e Amir Lashin, todos jornalistas do diário pró-governamental “El-Akhbar”.

A juntar a tudo isto, as autoridades levaram para a esquadra Mohamed Al-Bolok, da Al Jazeera, e Tom Perry, da Reuters, tendo também impedido Marwa Gadallah, do Dubai Satellite Channel, e Abdel-Baseer Hassan, da BBC, de entrarem em secções de voto. O fotógrafo Cris Bouroncle, da Agence France-Presse, foi igualmente impossibilitado de trabalhar no exterior de locais de voto encerrados.

Além de todos estes casos, registe-se as ameaças de violência e violação feitas por um polícia de El-Mahalla à correspondente da Associated Press Maggie Michael, uma situação ainda assim menos grave que a de Asmaa Mohamed Ahmed Hraiz, do semanário da oposição “El-Karamah”, que foi raptada pela polícia à saída de uma mesa de voto em Shoubra-El-Kheima, viu o seu telemóvel apreendido, foi ameaçada de violação por um polícia e depois agredida por duas mulheres-polícia até ficar insconciente, sendo posteriormente abandonada num parque do centro do Cairo.

Partilhe