Jornalista russo assassinado

A Federação Internacional de Jornalistas (FIJ) protestou junto das autoridades russas contra o assassinato, a 9 de Outubro, do jornalista Aleksei Sidorov, chefe de redacção do diário independente “Toliattinskoie Obozrenie”. Sidorov foi esfaqueado à porta de casa, na cidade russa de Toljatti.

Além da FIJ, também a Repórteres Sem Fronteiras (RSF), o Comité para a Protecção dos Jornalistas (CPJ) e o Instituto Internacional de Imprensa (IPI), que dirigiu uma carta de protesto ao presidente Vladimir Putin, manifestaram o seu repúdio pela morte do jornalista.

Aleksei Sidorov, de 31 anos, foi atacado por dois homens munidos de facas e, apesar de ainda ter tocado à campainha do seu apartamento a pedir auxílio, não resistiu aos ferimentos. Na opinião de outros jornalistas do “Toliattinskoie Obozrenie”, a morte de Sidorov, que já antes fora ameaçado, é mais uma acção das máfias da região, desagradadas com algumas das suas reportagens.

O jornalista efectuou diversos trabalhos jornalísticos sobre alguns grupos que controlam, mediante negócios pouco claros, a saída dos veículos da fábrica AutoVAZ.

Por seu lado, a União de Jornalistas Russos suspeita que Aleksei Sidorov possa ter sido atacado devido ao seu trabalho na estação de rádio “Eco de Moscovo”.

Aleksei Sidorov – o quarto jornalista assassinado este ano no país, segundo a FIJ – era chefe de redacção do diário há um ano e meio e sucedera a Valeriy Ivanov, morto a tiro na mesma cidade perante inúmeras pessoas.

Os assassinos de todos estes jornalistas não foram detidos até agora, o que na opinião de muitos poderá dever-se ao facto do crime organizado na Rússia ter algumas extensões na própria polícia e junto da Justiça.

A série de crimes levou a FIJ a apelar às autoridades russas para que respondam com urgência e mão forte a esta situação que, na sua opinião, representa não só um atentado à liberdade de imprensa, mas é também a demonstração clara de que a democracia no país foi substituída pela “lei da bala”.

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