Jornalista perseguida há três anos na Tunísia

O governo tunisino insiste na sua campanha contra a jornalista e activista dos direitos humanos Néziha Rejiba, denunciam a Federação Internacional de Jornalistas (FIJ) e a Repórteres Sem Fronteiras (RSF).

A jornalista, também conhecida por Om Zied, é alvo de constantes ameaças por parte das autoridades tunisinas. A última ocorreu a 25 de Setembro, provavelmente devido à informação colocada por Om Zied na Internet e a comentários feitos a televisões estrangeiras.

Nessa data, após regressar de uma viagem, a jornalista deu a um jovem tunisino 170 euros, na sequência do que foi interrogada por agentes da alfândega e acusada de violar a legislação que regula os câmbios. Sucede que a lei dá uma semana para a troca de dinheiro estrangeiro em moeda nacional e, durante esse período, a pessoa pode dar ao dinheiro o destino que quiser.

A decisão sobre o caso ainda não foi tornada pública, mas a jornalista arrisca-se a cinco anos de prisão e ao pagamento de uma multa pela alegada infracção.

Néziha Rejiba escreve para a revista digital Kalima (www.kalima.com), cujo acesso está bloqueado na Tunísia mas que continua a ser distribuída secretamente numa versão impressa.

Nos últimos três anos, a jornalista tem sido agredida pela polícia, a sua casa está sob vigilância constante e o seu telefone sob escuta ou, como actualmente se verifica, cortado.

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