O jornalista freelance norte-americano Steven Vincent foi encontrado morto em Bassorá, no Iraque, com tiros na cabeça e no peito, horas depois de ter sido raptado, durante a noite de 2 de Agosto, por cinco homens armados num carro da polícia.
No ataque – que está a ser investigado pelas forças britânicas e pela polícia local – ficou ainda ferida com gravidade a tradutora Nour Weidi, que acompanhava Steven Vincent e que o estava a ajudar na pesquisa para um livro sobre Bassorá. Este seria o segundo livro do jornalista sobre o pós-guerra no Iraque, dando continuidade ao tema abordado no título “In the Red Zone” (Na Zona Vermelha).
Quatro dias antes de ser morto, o repórter publicara no “The New York Times” um artigo de opinião em que alertava para o crescendo do fundamentalismo religioso em Bassorá, criticando ainda as forças britânicas por não conseguirem controlar os grupos xiitas.
Steven Vincent também citava um oficial da polícia iraquiana que acusava alguns agentes da autoridade de, nas horas em que não estavam de serviço, guiarem um “carro da morte” – um Toyota Mark II branco – a soldo de extremistas religiosos.