O jornalista norte-americano Jared Malsin, editor-chefe da agência noticiosa palestiniana Ma’an, está detido desde 12 de Janeiro no aeroporto internacional Ben Gurion, em Telavive.

No próprio dia da detenção, que ocorreu logo após a chegada do jornalista ao aeroporto, Jared Malsin foi interrogado durante oito horas, alegadamente sobre artigos que escrevera críticos do governo israelita, tendo-lhe sido recusada a entrada no país e dada ordem de deportação.

Porém, esta última não se concretizou devido a protestos de diplomatas norte-americanos, aos quais se juntou também a voz da Federação Internacional de Jornalistas (FIJ), da Repórteres Sem Fronteiras (RSF) e da Associação de Jornalistas de Jerusalém (JAJ), que embora defenda o camarada de profissão alertou para o perigo de campanhas politicamente motivadas que “tentem retratar Israel como um estado sem liberdade de imprensa”.

Por seu turno, o secretário-geral da FIJ, Aidan White, sublinhou que “os jornalistas não têm de jurar apoio a um governo para poder entrar num país”, uma vez que “este tipo de interferência não tem lugar numa democracia”.