Maheshwar Pahari, jornalista, de 30 anos, morreu de tuberculose a 4 de Outubro no hospital de Pokhara, a 130 quilómetros de Katmandu, depois de as autoridades prisionais não terem permitido a sua transferência para a capital, onde existiam melhores condições de assistência médica.

Membros da Federação de Jornalistas Nepaleses (FNJ) chegaram a oferecer-se para pagar as despesas de transferência do colega de profissão, mas as autoridades recusaram, alegando questões de segurança.

O jornalista do “Rastriya Swabhiman” foi detido a 2 de Janeiro de 2004 por forças de segurança na aldeia de Khorako Mukh e mantido incontactável durante vários meses, ao abrigo de uma lei anti-terrorista.

Para cumprir essa lei, que limita os períodos de detenção sem julgamento a períodos de seis meses, as autoridades libertaram e voltaram a prender o jornalista por quatro vezes desde Janeiro de 2004.

De acordo com fontes locais do Comité para a Protecção dos Jornalistas (CPJ), o motivo da detenção terá sido o trabalho jornalístico, pois Maheshwar Pahari tinha contactos próximos com pessoas ligadas ao movimento rebelde maoísta.

Para evitar casos semelhantes, a Repórteres Sem Fronteiras (RSF) exigiu a libertação imediata de três outros jornalistas presos no Nepal: Tej Narayan Sapkota, Rupak Sapkota e Nagendra Upadhyay.