Um tribunal de Sanandaj, no Irão, condenou a 18 meses de prisão o jornalista Mohammad Sedigh Kabovand, editor do semanário “Payam-e mardom-e Kurdestan”, proibindo-o ainda de trabalhar como jornalista durante cinco anos.
O motivo da condenação foi “a perturbação da opinião pública e a difusão de ideias separatistas”, tendo o julgamento do jornalista decorrido sem a presença do seu advogado e a sentença sido aplicada a 18 de Agosto, o que motivou o protesto da Repórteres Sem Fronteiras (RSF).
“O facto de ter levado dois meses até sabermos da sentença aplicada a Kabovand ilustra bem a completa falta de transparência com que actuam as autoridades iranianas, especialmente na zona curda do país”, afirmou a RSF, frisando ainda a dificuldade em obter informações na região, dada a relutância da população em falar, devido ao “medo de represálias”.