Jornalista haitiano não resiste a ferimentos

O jornalista haitiano Laraque Robenson morreu a 4 de Abril num hospital cubano, para onde tinha sido transferido numa tentativa de o salvar dos ferimentos sofridos a 20 de Março, durante um tiroteio entre forças da ONU e antigos soldados que ocuparam uma esquadra em Petit-Goâve, no sul do Haiti.

O jornalista de 25 anos estava a acompanhar o tiroteio a partir da varanda da rádio Tele Contact quando foi atingido por disparos que, segundo o director da estação, Fred Jasmin, partiram do lado das forças de manutenção da paz da ONU.

As autoridades dizem já estar a investigar o caso, mas o director da Tele Contact acusa-as de passividade e garante que mal a família de Laraque Robenson regresse de Cuba pretende processar o governo e a Missão das Nações Unidas para a Estabilização do Haiti (MINUSTAH).

Também indignados com o caso, o Comité para a Protecção dos Jornalistas (CPJ) e a Repórteres Sem Fronteiras (RSF) já exigiram uma investigação exaustiva, sendo que esta última escreveu ainda ao Conselho de Segurança da ONU, pedindo-lhe que aproveite a sua visita ao Haiti entre 13 e 16 de Abril para clarificar o papel da MINUSTAH nesta morte.

Partilhe