A detenção do jornalista Abdirisak Ahmed Absuge a 5 de Março, na Somália, pouco depois da morte de produtora da BBC Kate Peyton, agrava as preocupações quanto à segurança da comunicação social no país, afirma a Federação Internacional de Jornalistas (FIJ).

A posição da FIJ foi divulgada após um encontro com Omar Faruk Osman, secretário-geral da Rede de Jornalistas Somali (SOJON), ocorrido a 11 de Março em Bruxelas.

Segundo o dirigente da SOJON, associada da FIJ, a prisão de Abdirisak Ahmed Absuge foi o mais recente “acto malévolo contra a independência jornalística no país”, demonstrando que “apesar de ter sido estabelecido o Governo Federal de Transição, os senhores da guerra continuam a violar os direitos dos jornalistas”.

Fazendo notar que “os jornalistas não podem ser detidos indiscriminadamente e sem que para isso sejam apresentadas razões”, a FIJ exorta o primeiro-ministro somali, Ali Mohamed Ghedi, a fazer tudo o que estiver ao seu alcance para implantar no país uma imprensa livre e o respeito pelos direitos dos jornalistas.