Jornalista da “National Geographic” acusado de espionagem no Darfur

O jornalista norte-americano Paul Salopek foi acusado, a 26 de Agosto, pelo tribunal de El Fashir, no norte do Sudão, de espionagem, difusão de informações falsas e entrada no país sem visto.

Duas vezes laureado com o prémio Pulitzer, o repórter de 44 anos estava em reportagem para a “National Geographic” na região do Darfur quando foi detido a 6 de Agosto pelas autoridades locais, juntamente com o motorista e o intérprete, ambos chadianos.

A detenção do jornalista já foi criticada pela “National Geographic” e pelo diário “Chicago Tribune” – órgão para o qual o jornalista trabalha regularmente e ao qual pediu uma licença sem vencimento para aceitar este trabalho freelance para a revista. Ambos os órgãos elogiam o profissionalismo de Paul Salopek e exigem a sua libertação imediata.

Segundo o Instituto Internacional para a Segurança da Imprensa (INSI), este é o terceiro caso de um jornalista detido por atravessar a fronteira do Chade para o Darfur sem o visto sudanês.

Os dois visados anteriores foram o fotojornalista e activista dos direitos humanos esloveno Tomo Kriznar, detido a 19 de Julho e condenado a dois anos de prisão a 14 de Agosto por espionagem, e um norte-americano, cujo nome não foi divulgado pelo INSI, sentenciado a expulsão do Sudão por entrada ilegal no país.

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