O inglês Terry Lloyd, dado como desaparecido no Iraque desde sábado, é o segundo jornalista a perder a vida ao fim de quatro dias de guerra, enquanto permanece desconhecido o paradeiro dos dois outros membros da equipa da ITV que foram alvejados próximo de Bassorá.
O corpo do jornalista britânico, de 50 anos, deverá encontrar-se no hospital de Bassorá, cidade que permanece sob controlo iraquiano, revela o sítio da estação ITV, onde Terry Lloyd trabalhava há duas décadas. Casado, com duas filhas, era o decano dos repórteres da estação.
O operador de câmara Daniel Demoustier, o único membro da equipa que conseguiu regressar às linhas anglo-americanas, disse ter visto ambulâncias no local onde a viatura da ITV foi atacada, revela a mesma fonte. O outro operador que viajava com Terry Lloyd, Fred Nerac, e o guia Hussein Osman, terão sido retirados do local por forças iraquianas, mas não existe qualquer informação a seu respeito.
O general Guy Shields, responsável pelo centro de Imprensa no Koweit, disse que três jornalistas morreram ou ficaram feridos quando cobriam operações militares no Sul do Iraque, revela o sítio da Repórteres Sem Fronteiras, sem precisar se o militar se referia ou não à equipa da ITV.
A RSF informa ainda que militares norte-americanos resgataram um grupo de 24 jornalistas que cobriam os combates no porto de Umm Quasr, conduzindo-os ao Koweit.
Terry Lloyd é o segundo jornalista cuja morte foi confirmada no espaço de pouco mais de 24 horas. Sábado, no Curdistão, a explosão de um carro armadilhado causou a morte ao operador de câmara australiano Paul Moran, que estava ao serviço da televisão norte-americana ABC. O jornalista que o acompanhava, Eric Campbell, ficou ferido. O atentado foi atribuído ao grupo islâmico Ansar al-Islam pela União Patriótica do Curdistão e pelo primeiro-ministro australiano, John Howard.