A morte de um jornalista por supostos rebeldes na Colômbia, a 22 de Agosto, é lamentada pela organização Repórteres Sem Fronteiras (RSF), que condena também os ferimentos causados a um outro profissional de comunicação social.
Juan Benavidez, de 25 anos, da rádio comunitária “Manantial Estereo” foi alvejado pelas costas por guerrilheiros das Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (FARC) por o automóvel onde seguia alegadamente não ter parado num posto de controlo na estrada.
O jornalista e um colega da mesma estação, Jaime Conrado, que foi ferido no estômago, viajavam de Puerto Caicedo para Puerto Asis, com vista à cobertura de um encontro entre o presidente Alvaro Uribe e oficiais regionais.
Juan Benavidez é o quinto jornalista morto desde o início do ano no país, que é considerado um dos mais perigosos da América Latina no que diz respeito ao exercício do jornalismo, dado que cerca de 50 jornalistas foram assassinados na última década, muitas vezes por denunciarem casos de corrupção ou barões da droga.
Na Colômbia, os grupos armados da guerra civil consideram os jornalistas como alvos militares quando suspeitam que estes apoiam os seus opositores, tendo os repetidos ataques levado já a RSF a colocar líderes de três grupos armados na sua lista internacional de “predadores da liberdade de imprensa”.