Jornalista colombiana raptada e torturada

A jornalista colombiana Inés Peña foi raptada e tortutada, no dia 28 de Janeiro, por elementos das Autodefensas Unidas de Colombia. O ataque, ocorrido em Barrancabermeja, cidade controlada por grupos paramilitares, foi condenado pelo Comité para a Protecção dos Jornalistas (CPJ).

A 28 de Janeiro, dois homens armados raptaram a jornalista, de 22 anos e obrigaram-na a entrar num automóvel, após o que lhe raparam o cabelo e lhe queimaram os pés com água a ferver.

Os raptores, que afirmaram pertencer às Autodefensas Unidas de Colombia, ainda a aconselharam a “esquecer” a sua participação no programa televisivo “La Mohana”, do Canal Enlace 10, onde Inés Peña é responsável pelo segmento “Cultura por la Vida”.

No programa, a jornalista, que já terá sido ameaçada no passado, fala sobre jovens afectados pela guerra civil no país e faz constantes denúncias de violações de direitos humanos cometidas por grupos armados.

Em Outubro de 2003, Janeth Montoya, repórter do diário “Vanguardia Liberal”, também recebeu ameaças de morte após divulgar uma história sobre problemas sociais num bairro pobre onde grupos armados estavam activos.

A polícia deu já início a uma investigação sobre o ataque. O CPJ apelou entretano às autoridades colombianas para que encontrem os responsáveis e tomem medidas contra os grupos armados, de forma a que os jornalistas possam continuar a exercer a sua profissão sem receio de represálias.

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