O secretário-geral do Sindicato de Jornalistas do Iémen (YJS), Hafez Al-Bukari, e a sua mulher Rahma Hujaira, presidente do Forum Feminino dos Média do Iémen, foram alvos de ataques pessoais num artigo do jornal “Al-Bilad”, texto esse que foi de imediato criticado por jornalistas locais e condenado pela Federação Internacional de Jornalistas (FIJ).

“Este insidioso ataque pessoal contra jornalistas proeminentes e defensores activos das liberdades civis é extremamente preocupante”, afirmou Aidan White, secretário-geral da FIJ, acrescentando que as acusações “infundadas, falsas e chocantes” partiram “de um jornal lançado com apoio oficial, dias depois dos visados neste ataque terem criticado as autoridades”.

Em comunicado, jornalistas do YJS sublinharam que o chefe-de-redacção do “Al-Bilad” só tem uma licença do Ministério da Informação e não é reconhecido como jornalista, nem é membro do sindicato.

Segundo Aidan White, “as fortes reacções dos nossos colegas demonstram a necessidade de organizar uma resposta profissional e fiável à violação da deontologia jornalística no Iémen, através de um mecanismo de auto-regulação”.