Jornais do Iémen e da Malásia encerrados devido a cartoons de Maomé

O governo do Iémen decidiu encerrar a 8 de Fevereiro os jornais “Yemen Observer” e “Al-Rai Al-Aam” por terem publicado alguns dos cartoons de Maomé originalmente criados para o dinamarquês “Jyllands-Posten”. Atitude semelhante foi tomada pelo governo da Malásia contra o diário regional “Sarawak Tribune”, que publicou uma das referidas imagens a 4 de Fevereiro.

O caso malaio gerou ainda a emissão de dois pedidos de desculpa por parte do grupo detentor do “Sarawak Tribune” e à demissão do editor Lester Melanyi, que foi interrogado durante duas horas pela polícia e se assumiu como responsável pela publicação das imagens.

Além dos casos nestes países, registou-se ainda o despedimento de jornalistas de TV que emitiram imagens dos cartoons na Argélia, enquanto as autoridades indonésias confiscaram 3 mil exemplares do semanário tablóide “Peta”, por ter publicado os desenhos que retratam Maomé, e pretendem processar o título por “blasfémia”.

Cruzando dados do Comité para a Protecção dos Jornalistas (CPJ) e da Repórteres Sem Fronteiras (RSF), chega-se à conclusão de que já vai em cinco, pelo menos, o número de países em que as autoridades decidiram punir jornais ou jornalistas no âmbito da polémica dos cartoons de Maomé. São eles a África do Sul, a Jordânia, o Iémen, a Malásia e a Indonésia.

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