O jornalista João Francisco Guerreiro (TSF) recebeu das mãos do monarca espanhol Juan Carlos o Prémio Internacional de Jornalismo Rei de Espanha, em virtude de um trabalho feito no Haiti após o sismo de Janeiro de 2010.

A esta 28.ª edição do prémio convocado pela Agência Efe e pela Agência Espanhola de Cooperação Internacional (AECID) concorreram 170 trabalhos difundidos em português ou espanhol nos países ibero-americanos, EUA, Filipinas, Guiné Equatorial, Israel e Marrocos, tendo sido premiados, além do associado do SJ, profissionais da Colômbia, Argentina, México e Espanha.

No encerramento da cerimónia de entrega dos prémios, realizada a 4 de Abril na Casa da América, em Madrid, Juan Carlos sublinhou a necessidade de “valorizar a vontade e a capacidade de um jornalista que ajude a compreender o que está a acontecer”, numa época marcada pela pressão do imediatismo e da interactividade, mas em que é fundamental “a aposta pela qualidade, pela fiabilidade, pelo critério e pela confiança dos cidadãos nos órgãos de comunicação”.

Em declarações à Lusa, João Francisco Guerreiro confessou que alguns dos sons que ouviu no Haiti ainda hoje o perseguem, pelo que a sua principal intenção na reportagem para a TSF foi “recriar os ambientes sonoros” com que foi confrontado: “gritos de alguém em sofrimento ou com fome e sede”.

Esta é a segunda vez que um profissional da TSF recebe este prémio, depois de, em 2006, a jornalista Cláudia Henriques ter conquistado a categoria de rádio com uma reportagem sobre as vítimas do atentado de 11 de Março, em Madrid, um ano após o mesmo.