Procuradores israelitas instauraram, a 13 de Janeiro, um processo judicial contra os jornalistas palestinianos Hadir Shaheen e Mohammed Sarhan, da Al-Alam TV, por estes terem noticiado o envio de tropas israelitas para Gaza sem autorização da censura israelita.
O caso foi condenado pela Federação Internacional de Jornalistas (FIJ), que acusa Israel de “hipocrisia e duplicidade de critérios”, uma vez que “usa a lei para obrigar os jornalistas aos seus ditames militares, mas não põe em prática a ordem do principal tribunal do país quando este exige o acesso dos média a Gaza”.
“Estas acusações desferem um sério golpe à alegação israelita de que a proibição de entrada de jornalistas em Gaza se deve a medidas de segurança”, afirma o secretário-geral da FIJ, Aidan White, acrescentando que “a verdadeira razão é a determinação de Israel em negar aos média independência no relato das suas actividades em Gaza. É uma tentativa cínica de usar os média para fins militares e exigimos que estas queixas sejam abandonadas e os dois jornalistas libertados”.